African leaders call for urgent inclusion of disease elimination funding in IDA21 replenishment

September 2024, New York, USA – Africa’s Permanent Representatives to the United Nations have made a strong appeal for the inclusion of a dedicated ‘Disease Elimination Funding’ stream in the upcoming World Bank IDA21 replenishment discussions. The International Development Association (IDA), due for its 21st replenishment (IDA21) this year, is a key funding mechanism of the World Bank that provides concessional financing to countries, including many in Africa to support their development goals. IDA21 aims to support countries in recovering from the impacts of COVID-19, addressing climate change challenges, promoting gender equality, and strengthening resilience against future shocks.

In the lead-up to the United Nations General Assembly, the African Leaders Malaria Alliance (ALMA) steering committee, which is comprised of African Ambassadors to the United Nations and chaired by HE Ambassador Samba Sane; representing the ALMA Chair, underscored the critical need for increased financial support to maintain and expand efforts in disease elimination. They urged their respective governments, particularly Ministers of Finance working with Ministers of Health and other sector ministries, to advocate for $5 billion disease elimination focused funding in IDA21; targeted at eliminating neglected tropical diseases (NTDs) and malaria.

This call comes at a time when the African continent faces a perfect storm that threatens to disrupt essential life-saving malaria services and can potentially undo decades of progress in the fight against malaria.

Climate change, resistance to insecticides, antimalarials, RDTs and invasion of An. Stephensi, significant resource gaps, humanitarian crises, rapidly growing at-risk population.

Addressing these challenges including with the use of new, more expensive technologies, will require considerable funding from both domestic sources and international partners. Neglected Tropical Diseases are also facing significant shortfalls in financing.

A recent Oxford economics study has found that malaria elimination by 2030, would boost African Economies by US$ 127 Billion. “The World Bank IDA21 replenishment presents a unique opportunity to protect our people and advance our health goals, which is why securing this funding is essential,” stated His Excellency Ambassador Samba Sane; Chair of the ALMA steering committee and Permanent Representative of the Republic of Guinea-Bissau to the United Nations.

ALMA has also called for greater global solidarity in supporting the continent’s health systems. The Permanent Representatives to the UN noted that the challenges posed by diseases like malaria require strengthened health systems across Africa and increased capacity to fight pandemics. The international community was urged to come together to support these efforts, as a health threat anywhere is a health threat everywhere.

“Our efforts are not just about addressing malaria; they are about safeguarding the health and future of our entire continent. Malaria is a pathfinder for health systems strengthening, primary health care, and pandemic preparedness.”

The discussions also highlighted the importance of fully utilizing existing tools, such as the Scorecards for Accountability and Action, to identify and address bottlenecks across all sectors; not only in health. Leaders emphasized the participation of sectors such as agriculture, environment, mining and tourism in malaria elimination, as well as investing in human capital. They noted that Africa’s greatest asset is its people, and for the continent’s health and sectoral development systems to flourish, there must be investment in developing the healthcare workforce. This includes equipping and empowering healthcare professionals to meet the challenges ahead and ensuring that systems are resilient and adaptable.

In addition to IDA21, leaders stressed the importance of the upcoming Global Fund replenishment, acknowledging that it is essential for malaria to retain, at the absolute minimum, its current share in the Global Fund disease split. Given the ongoing challenges, there is a pressing need not only to maintain but to increase malaria financing to ensure expanded coverage and effective response.

As the United Nations General Assembly Summit of the future approaches, African leaders Malaria Steering Committee urged all stakeholders to prioritize malaria and health system strengthening on the global political and development agendas. The upcoming IDA21 and Global Fund discussions are crucial opportunities to secure the necessary resources to continue the fight against malaria and other neglected tropical diseases.

Versão português

Líderes Africanos apelam para a inclusão urgente de financiamento para a eliminação de doenças no aumento do financiamento da IDA21

Setembro de 2024, Nova York, EUA – Os Representantes Permanentes de África no seio das Nações Unidas lançaram um forte apelo para a inclusão de uma linha de financiamento para a eliminação de doenças’ nas próximas discussões de financiamento da IDA21 do Banco Mundial  A Associação Internacional para o Desenvolvimento (AID), que será reabastecida este ano pela sua 21ª vez (IDA21), é um mecanismo de financiamento fundamental do Banco Mundial que concede financiamento em condições favoráveis aos países, incluindo muitos países africanos, para apoiar os seus objectivos de desenvolvimento. A IDA21 tem como objectivo ajudar os países a recuperar dos impactos da COVID-19, responder aos desafios das alterações climáticas, promover a igualdade de género e reforçar a resiliência contra choques futuros.

Durante os preparativos para a Assembleia Geral das Nações Unidas, o Conselho de Administração da Aliança dos Líderes Africanos contra a Malária (ALMA), composto por Embaixadores Africanos junto das Nações Unidas e presidido por S. Excia Embaixador Samba Sane; em representação do Presidente da ALMA, sublinhou a necessidade do aumento da assistência financeira para a continuidade e expansão dos esforços de eliminação da doença. Os Embaixadores exortaram os seus respectivos governos, principalmente aos Ministros das Finanças, para, em colaboração com os Ministros da Saúde e de outros sectores, defenderem o aumento de 5 mil milhões de dólares de financiamento dedicado para a eliminação de doenças no IDA21, centrado especificamente para a eliminação das doenças tropicais negligenciadas (DTN), a malária e outras doenças.

Este apelo surge numa altura em que o continente africano está a braços com uma tempestade perfeita que ameaça destruir serviços essenciais de combate à malária, que salvam vidas, podendo destruir décadas de progresso assinalado no combate à malária.

Alterações climáticas, resistência aos inseticidas, aos antimaláricos e TDR e a invasão do An. Stephensi, grandes défices de financiamento, crises humanitárias, rápido crescimento da população em risco.

Para combater estas ameaças, incluindo o uso de novas tecnologias mais onerosas exige financiamento considerável, de fontes nacionais, como a assistência dos parceiros internacionais. No que respeita às Doenças Tropicais Negligenciadas, o financiamento é igualmente deficitário.

Um estudo recente da Oxford economics revelou que a eliminação da malária em 2030 vai impulsionar as economias africanas com mais de 127 mil milhões de dólares. O aumento do orçamento da IDA21 do Banco Mundial representa uma oportunidade única para proteger a nossa população e fazer avançar os nossos objectivos em matéria de saúde, razão pela qual é essencial assegurar este financiamento”, afirmou Sua Excelência o Embaixador Samba Sane,; Presidente do Conselho de Administração da ALMA e Representante Permanente da República da Guiné-Bissau junto das Nações Unidas.

A ALMA também apelou a mais solidariedade global em termos de apoio aos sistemas de saúde do continente. Os Representantes Permanentes junto da ONU salientaram que os desafios que as doenças como a malária colocam exigem o reforço dos sistemas de saúde em todo o continente africano e o aumento da capacidade de luta contra as pandemias. A comunidade internacional foi instada a unir-se em apoio a estes esforços, uma vez que uma ameaça à saúde em qualquer parte do mundo, é uma ameaça à saúde em todo o mundo.

“Os nossos esforços não visam apenas combater a malária; visam proteger a saúde e o futuro de todo o nosso continente. A malária constitui a base para o reforço dos sistemas de saúde, para os cuidados de saúde primários e para a preparação para pandemias”.

Os debates sublinharam igualmente a importância da utilização eficaz dos instrumentos existentes, tais como os Cartões de Pontuação para a Responsabilização e Acção, a fim de identificar e colmatar os problemas existentes em todos os sectores e não apenas no sector da saúde. Os líderes destacaram a participação de sectores como a agricultura, o meio-ambiente, a extracção mineira e o turismo na eliminação da malária, bem como o investimento no capital humano. Também sublinharam que o bem mais precioso de África é o seu povo e que, para desenvolver a saúde do continente e para o sucesso de todos os sistemas sectoriais, é necessário investir no desenvolvimento dos profissionais de saúde. Para tal, é necessário equipar e capacitar os profissionais de saúde para enfrentarem os desafios que se avizinham e garantir a resiliência e adaptabilidade dos sistemas.

A par da IDA21, os dirigentes sublinharam a importância do próximo reforço de capital do Fundo Mundial, reconhecendo que é essencial que a malária mantenha, pelo menos, a sua actual quota-parte na distribuição do Fundo Mundial. Atendendo aos desafios actuais, é urgente não só manter mas também aumentar o financiamento da luta contra a malária, a fim de garantir maior cobertura e resposta eficaz.

A medida que a Cimeira do futuro das Nações Unidas se aproxima, os líderes africanos do Conselho de Administração da ALMA  exortaram todas as partes interessadas a dar prioridade à malária e ao reforço dos sistemas de saúde na agenda política e de desenvolvimento global. Os próximos debates sobre o IDA21 e o Fundo Mundial são oportunidades fundamentais para assegurar os recursos necessários para continuar a luta contra a malária e outras doenças tropicais negligenciadas.